quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Arquitetura: a dimensão humana dos deuses



Os templos representam a mais forte presença da arquitetura grega na sociedade contemporânea. Esses edifícios abrigavam a estátua de um deus e serviam como moradia terrena para a divindade. Os templos não eram locais de culto, pois as orações e os sacrifícios eram feitos nos altares, que normalmente ficavam do lado de fora do edifício. Por isso, essas construções eram concebidas para serem vistas do exterior, provocando grande impacto por sua grandiosidade e pelo equilíbrio de suas formas.

Segundo o historiador da arte Ernst Gombrich, uma das principais características dos templos gregos eram suas dimensões humanas. Embora fossem imponentes, eles não faziam os homens se sentirem minúsculos ao seu lado.



Escultura de Atenas



A escultura é, sem dúvida, a mais conhecida e estudada manifestação artística grega. As primeiras esculturas começaram a ser produzidas em grande quantidade com o surgimento das poleis. Eram feitas de pedra, e suas formas rígidas se pareciam com as das antigas esculturas egípcias. O tema mais importante representado nas esculturas era o corpo humano, principalmente o masculino.

Com o passar do tempo, os artistas gregos começaram a representar as formas humanas buscando o máximo realismo possível. Passaram a usar o bronze e o mármore, materiais que permitiam criar superfícies mais lisas e com grande riqueza de detalhes. As estátuas agora davam a impressão de movimento, e as curvas tornaram-se mais suaves. A intenção era criar obras que tivessem as mesmas proporções do corpo humano.






Rituais e festividades religiosas



Os habitantes da Grécia antiga também realizavam festividades em homenagem aos seus deuses ou para marcar momentos importantes da sua vida. Alguns cultos eram privados, como os realizados diante de altares domésticos, nos quais eram feitas oferendas e libações (derramamento de líquidos). Outros eram públicos, como os sacrifícios, rituais em que animais domésticos eram mortos e oferecidos aos deuses, e as procissões. Uma das mais famosas era a realizada a cada quatro anos na cidade de Atenas, em homenagem à deusa que dava nome à cidade.

Realizados a cada quatro anos na cidade de Olímpia, em homenagem a Zeus, os Jogos Olímpicos duravam vários dias e reuniam atletas de todas as cidades gregas. Ao longo da competição, eram disputadas provas de corrida, salto, arremesso de disco, luta, arremesso de dardo, entre outras. Ao final das provas, os vencedores recebiam coroas de louro.

Os jogos eram tão importantes que até mesmo as guerras eram suspensas para que os gregos pudessem competir ou assistir às competições. A ideia de que as competições esportivas eram mais importantes do que as guerras inspirou a criação dos Jogos Olímpicos modernos.







terça-feira, 11 de outubro de 2016

Crenças religiosas na Grécia Antiga






As poleis gregas, como Esparta, Atenas, Tebas, Mileto, Corinto, Delfos e Olímpia, possuíam formas de governo, leis e costumes muito diversos, e algumas vezes até guerreavam entre si.
Duas coisas, porém, eram compartilhadas por todas elas: seus habitantes falavam o mesmo idioma (o grego) e cultuavam deuses em comum, embora cada cidade tivesse seus próprios deuses protetores.


Assim como outros povos da Antiguidade, os gregos eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. Suas características eram semelhantes às dos humanos: viviam e se comportavam como eles, manifestando as mesmas qualidades e defeitos, alegrias e sofrimentos. A diferença é que não envelheciam, não adoeciam e eram imortais, além de muito poderosos.
 
Cada um dos deuses gregos estava associado a um aspecto da natureza ou da vida humana. Zeus comandava os céus, enquanto Poseidon reinava sobre os mares e Hades sobre o mundo dos mortos. Desses três irmãos, descendiam várias outras divindades gregas: Afrodite, deusa da beleza e da fertilidade; Atena, deusa da sabedoria; Apolo, deus das artes; Dioniso, deus do vinho; entre outros. Os deuses gregos se relacionavam com os humanos, com quem podiam ter filhos. Da união entre um deus e um mortal nasciam os heróis.


Para aconselhar-se com os deuses, os gregos consultavam os oráculos, sacerdotes que tinham o poder de se comunicar com os deuses. A palavra oráculo indica, também, o templo onde essas consultas eram realizadas. O mais famoso oráculo da Grécia ficava na cidade de Delfos e era constantemente consultado pelos gregos antes de iniciarem uma guerra, de fazerem uma viagem ou mesmo de tomarem decisões na vida pessoal.




Vaso grego representando a luta entre o herói Teseu e o Minotauro.



A fase aristocrática



Até o século VI a.C., Atenas foi governada por uma aristocracia de grandes proprietários rurais, que elegiam, entre si, magistrados encarregados de comandar o exército e fazer cumprir as leis.

Os aristocratas também possuíam muitos escravos, em sua maioria prisioneiros de guerra e seus descendentes. Trabalhando nas minas, na agricultura, no artesanato e nas tarefas domésticas, os escravos possibilitavam que os homens ricos e livres se dedicassem à política e ao ócio.


Havia ainda os metecos, como eram chamados os estrangeiros e seus descendentes. Excluídos da vida política, esses grupos foram, pouco a pouco, demonstrando seu descontentamento com o governo aristocrático.



segunda-feira, 19 de setembro de 2016

O Teatro



O teatro, de forma como conhecemos hoje, é uma invenção grega. No século VI a.C, esses rituais foram levados para Atenas, inaugurando as Grandes Dionisíacas, festivais de coros que disputavam competições.

O principal gênero dos espetáculos teatrais era a tragédia. Sua narrativa estava centrada no conflito entre a vontade humana, representada pelos heróis; e a vontade divina, representada pelos deuses. Os dramaturgos gregos mais importantes foram Eurípedes(autor de Medeia), Ésquilo(autor de Prometeu acorrentado) e Sófocles(autor de Édipo rei).

A comédia surgiu depois da tragédia. Ela provoca o riso, ridicularizando os vícios da população, dos governantes, dos artistas e até mesmo dos deuses.O grande autor de comédias do século V a.C foi Aristófanes(autor de A assembléia das mulheres).

Com exceção dos escravos, todas as pessoas podiam assistir aos espetáculos, devendo pagar ingresso. As mulheres não atuavam nas peças.Os homens, ao apresentar papéis femininos, usavam máscaras.








Os mitos



Você já deve ter ouvido várias vezes a expressão MITO. Hoje em dia, essa palavra é empregada muitas vezes para designar histórias inventadas ou fantasiosas. Mas não era desse sentido que o termo mito tinha para os gregos antigos. Para eles, mito era uma narrativa transmitida por meio da palavra, de autoria desconhecida e aceita pela coletividade.

Os mitos gregos procuravam explicar a origem do universo, da natureza e dos deuses. Explicavam também a condição humana, seus sentimentos, sua conduta e o caráter inevitável da morte. Por tratarem de questões universais como amor, inveja, medo ou a morte, até hoje essas histórias nos fascinam e nos emocionam.

                       
THE BRIDGEMAN ART LIBRARY/KEYSTONE BRASIL – MUSEU KUNSTHISTORISCHES, VIENA
Pintura de Albrecht Dürer (1471-1528) representando Hércules e as aves do Lago Estínfalo. Museu Kunsthistorisches, Viena. O herói liquidou, com suas flechas envenenadas, as gigantescas aves de asas, cabeça e bico de ferro que bloqueavam a luz do Sol.
                                                       

Educação Ateniense

Em Atenas, os meninos e as meninas eram educados de maneiras diferentes. Os meninos das famílias mais ricas aprendiam a ler, a escrever, a recitar os poemas e a cantar ou tocar algum instrumento musical.

A partir dos 15 anos de idade, somente os garotos de condição abastada freqüentavam o ginásio, onde praticavam exercícios físicos e discutiam questões políticas e filosóficas. Depois dos 20 anos, o jovem tinha mais 2 anos de preparação militar, momento em que se tornava cidadão e estava preparado para atuar na vida pública.

Já com as meninas, a educação era um aprendizado para a vida doméstica. Para isso, elas aprendiam fiar, a tecer e a cozinhar, além de se preparar para a maternidade brincando com bonecas. Por volta dos 15 anos de idade, participavam de cerimônias religiosas que as tornavam aptas para o casamento.
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Democracia Ateniense

                               
No início do século VI a.C, os conflitos entre os DEMOS e a aristocracia caminhavam para uma guerra civil. Para conter as tensões sociais, o magistrado Sólon foi escolhido pelos atenienses para reformar as leis da cidade. Entre as medidas tomadas por ele, destacavam-se o fim da escravidão por dívidas e a criação de um tribunal popular. Sólon também instituiu uma assembléia chamada Eclésia, da qual podiam participar todos os cidadãos atenienses maiores de 18 anos, e a Bulé, um conselho de 400 homens eleitos que preparavam as leis a serem votadas pela assembléia.
Somente com Clístenes, eleito magistrado em 509 a.C, o governo de Atenas passou de fato a ser exercito pelos DEMOS e a democracia foi implantada. A Bule passou de 400 a 500 homens, os quais não eram mais eleitos, e sim sorteados.

Mas em Atenas somente os homens adultos, filhos de pais atenienses, eram cidadãos e portanto,podiam votar nas assembléias e ser magistrados. Mulheres, estrangeiros e escravos não eram considerados cidadãos.
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